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Dr. Filippo Pedrinola explica relações entre hormônios e saúde mental
Médico endocrinologista aborda a saúde mental sob perspectiva de problemas
fisiológicos que não provêm da depressão ou distúrbios do comportamento.
Com o
isolamento social e as preocupações com a pandemia, temas sobre saúde mental
ganham muito espaço nas discussões sobre o bem-estar. Temas como depressão e
ansiedade já são os primeiros a serem considerados quando o assunto é referente
aos reflexos de tudo isso em nosso cérebro. No entanto, a situação atual
reforça um pensamento comum, que é explicar as causas pelo estilo de vida como
reflexo do mundo exterior, mas também existem as causas fisiológicas atuando
nesse processo, como o desequilíbrio hormonal.
Por haver
grande desconhecimento da população acerca destes sintomas, fazendo-as
desconsiderarem os fatores de origem biológica, como desequilíbrios hormonais e
uso de medicamentos capazes de influenciar o desenvolvimento de diversos
problemas relacionados à saúde mental.
Para o Prof. Dr. Filippo Pedrinola, um exemplo disso é o impacto negativo do
anticoncepcional no organismo de algumas mulheres.
“Há um
subgrupo de mulheres nos quais a pílula anticoncepcional, em pequenas
quantidades, pode induzir a um quadro depressivo. Além disso, o
anticoncepcional também afeta diretamente a produção de vitamina B6 no
organismo, sendo responsável pela produção de neurotransmissores. Quando estes
não atuam da maneira correta, o humor, por exemplo, muda consideravelmente”.
Além disso,
completa Pedrinola “o uso prolongado de anticoncepcional aumenta os riscos do
desenvolvimento de câncer de mama, por isso é importante estar sempre em
contato com um médico especializado para que a prescrição seja feita de maneira
correta, sem apresentar danos à saúde”.
Hipotireoidismo
também geram distúrbios do comportamento
É de
conhecimento popular que cansaço, alteração do sono, desânimo, ganho de peso,
fraqueza e perda de libido são sintomas característicos da depressão, mas nem
sempre eles podem estar relacionados com as alterações químicas que também
geram a depressão.
De acordo
com o Prof. Dr. Filippo Pedrinola, é essencial realizar exames de função
tireoidiana, principalmente se o paciente nunca apresentou sintomas depressivos
antes, visto que as sensações entre um problema e outro são bem parecidas.
“Os sintomas
do hipotireoidismo são muito parecidos com o de pessoas que desenvolvem um
quadro depressivo, e isso gera uma certa confusão porque, ao invés de ir a um
endocrinologista, ela vai a um psicólogo ou psiquiatra, e muitas vezes o
tratamento indicado por estes profissionais não resolve o problema do paciente,
visto que eles estão em outra esfera”.
O mais
indicado é, se possível, fazer um acompanhamento simultâneo com profissionais
de ambas as áreas, já que cerca de 30% dos pacientes com depressão apresentam
hipotireoidismo e, por outro lado, 50% dos pacientes com hipotireoidismo são
depressivos, de acordo com pesquisas realizadas pelo Departamento de Tireoide
da SBEM.
Estresse
crônico está diretamente ligado com deficiência androgênica nos homens.
Os homens
também estão suscetíveis a problemas hormonais e apresentam alguns sintomas que
se assemelham à depressão, como a falta de energia, e libido baixa. Neste caso,
o que pode estar acontecendo é um quadro de hipogonadismo, uma doença na qual
as gônadas, que nos homens são os testículos e, nas mulheres, os ovários, não
produzem quantidades suficiente de hormônios sexuais.
“É muito
comum que os homens desenvolvam o hipogonadismo em decorrência do estresse
crônico, e por mais que os exames laboratoriais indiquem normalidade, é
interessante avaliar outros parâmetros, porque isso pode estar influenciando
nas queixas de baixa libido ou falta de energia”, declara o Dr. Pedrinola.
Mesmo que a
taxa de testosterona do homem esteja dentro dos limites da normalidade, é
necessário analisar no exame laboratorial os índices correspondentes aos
hormônios SHBG ou prolactina, pois as situações de estresse fazem com que a
glândula hipófise aumente a produção do hormônio prolactina, que tem relação
direta com a queda da testosterona.
“Tudo deve
ser levado em conta junto ao quadro clínico, porque em uma situação dessas a
gente costuma questionar se há a necessidade de uma reposição hormonal ou se
vamos estimular esses eixos para que voltem aos seus índices normais. Sempre
procuro entender por que o paciente está daquele jeito antes de indicar algum
tipo de tratamento”, declara o Dr. Pedrinola.
Em todos os
casos, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá, sempre mantendo os
exames em dia e se consultando periodicamente com um especialista, a fim de
evitar problemas maiores no futuro.
Sobre o Dr.
Filippo Pedrinola
O Dr.
Filippo Pedrinola, criador do protocolo Medicina de Estilo de Vida, é médico
formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com
residência médica em clínica e endocrinologia no Hospital das Clínicas de São
Paulo.
Após período
de um ano do Fellowship Program do Cedars Sinai Medical Center da University of
California em Los Angeles (UCLA), concluiu doutorado em endocrinologia pela
Faculdade de Medicida da USP.
É membro da
The Endocrine Society dos Estados Unidos, da Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Associação Brasileira de Estudos sobre
Obesidade (ABESO).
Possui
certificação em medicina mente-corpo pelo Body-Mind Institute da Harvard
Medical School, pela International Stress Management Association no Brasil
(ISMA-BR) e pela University of Texas em Arlington (UTA).
Além de
estar à frente de suas clínicas médicas próprias, faz parte do corpo clínico do
Hospital Albert Einsten e do Hospital BP Mirante, neste último é Coordenador do
Núcleo de Bem-Estar e Terapias Integrativas.
Clínica
Prof. Dr. Filippo Pedrinola | Prof. Dr. Élvio Garcia.
Foto: Google
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