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"Como não ser um babaca": guia prático para homens que cansaram de ser machistas no trabalho e na vida
“É muito mais fácil trabalhar com homem”, “Isso é coisa de
mulher mal comida”, “Ih, tá de TPM”, “Não vai chorar, hein?”, “Quer direitos
iguais, mas não quer trocar pneu”. Essas e outras frases que as mulheres não
aguentam mais ouvir, seja no ambiente profissional, em casa ou em qualquer
outro espaço, serviram de base para a criação do livro “Como não ser um
babaca”. Com linguagem irreverente e dicas fáceis de aplicar, a publicação se
propõe a cooperar com o processo de sensibilização dos homens por uma masculinidade
que renuncia o machismo e estabelece uma prática de equidade e respeito. O
e-book está disponível na Amazon por R$ 5,99. O valor arrecadado será destinado
para AzMina, coletivo que lidera diversos projetos em favor do público
feminino.
O livro busca conscientizar os homens sobre a reprodução de
atitudes machistas, sobretudo no ambiente de trabalho. O interesse pelo assunto
se comprova pelo fato de que, que, em sua 1ª semana de vendas, o guia didático
passou a figurar no ranking dos mais vendidos na Kindle Store. A versão
impressa, em breve, também poderá ser adquirida na plataforma. O projeto,
criado pela Flap para o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e
Tribunal de Contas da União (Sindilegis), teve a supervisão do instituto
AzMina.
“O Sindilegis lança um guia didático para conscientizar os
homens a não serem babacas com as mulheres. A obra é extremamente necessária no
contexto atual, em que as mulheres continuam a ser vítimas de comportamentos e
comentários machistas simplesmente pelo fato de serem mulheres”, explica Elisa
Bruno, diretora de Comunicação Social do Sindicato, que há anos protagoniza
campanhas do Dia Internacional da Mulher.
O conteúdo do guia foi elaborado a partir de relatos de
violências cometidas contra mulheres e da análise de situações violentas do
cotidiano, ainda que não sejam socialmente percebidas como tal. “Mais do que
uma campanha publicitária, criamos algo relevante e duradouro. O livro é uma
ação concreta que estimula a reflexão e a mudança de comportamento de homens de
todas as idades e classes sociais”, completa Bruno Barra, CEO da Flap.
Viviana Santiago, consultora da AzMina, lembra que
estatísticas são fartamente divulgadas, reforçando a urgência da ação: “Essa
mudança de comportamento é ´para ontem’. Com o livro queremos lançar luz sobre
atitudes violentas que invadem, diminuem as mulheres, mas até hoje são
percebidas como brincadeiras. E isso numa linguagem acessível, que permite uma
conversa com os homens, mas principalmente deles com eles mesmos”.
Na prática
O livro “Como não ser um babaca” busca reduzir o machismo
que muitas vezes não entra nas estatísticas. Fique alerta para espantar de vez
esse tipo de comportamento:
"Bom mesmo era antigamente..."
Essa frase só pode ser dita por quem foi beneficiado. O
Código Civil de 1916 era recheado de absurdos, como "a mulher só tem
direito à pensão dos filhos se for inocente e pobre".
"Ih! Tá de TPM..."
A tensão
pré-menstrual é uma realidade e pode provocar alterações de humor, acontece que
essa é só uma desculpa para diminuir e desvalorizar as emoções e reações das
mulheres.
"Passe perfume para a reunião, hein!"
As mulheres são cobradas para estarem atraentes, como se o
seu poder de argumentação valesse menos do que poder de sedução ou como se uma
coisa tivesse a ver com a outra.
"Ela é mais macho que muito homem."
Mulher não precisa deixar de ser mulher para ser
bem-sucedida. Caso você ainda não saiba, características como coragem,
determinação e força não são exclusivamente masculinas.
"Incrível! Você mesma quem fez?"
Essa frase, apesar de enaltecer o trabalho da mulher, revela
uma enorme descrença em seu potencial. É como dizer: "Está bom demais para
ter vindo de uma mulher. Será possível?".
"Vai pegar mal não ter uma mulher no time."
Este não deveria ser o motivo para incluir mulheres na
equipe. Que bom que a sociedade está problematizando a ausência feminina, mas é
preciso entender a importância disso.
Sobre o Sindilegis
Com 32 anos de história, o Sindicato dos Servidores do Poder
Legislativo Federal e Tribunal de Contas da União (Sindilegis) alcançou prêmios
nacionais e internacionais por sua atuação em defesa do serviço público e de
causas como o combate ao feminicídio e ao machismo. Representante de servidores
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Tribunal de Contas da União, já
protagonizou três campanhas na luta contra a violência contra a mulher.
Foto: Divulgação
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